Algumas vezes quando navegamos no GoodReads
encontramos uma recomendação que logo atrai a nossa atenção, seja pela capa
magnífica, ou pela sinopse... E obviamente foi assim com Everneath, amor a
primeira capa, e não nego que o comprei apenas pela beleza gráfica!
Mas nem de beleza gráfica vive um livro. Por mais
breath-taking que seja a capa, a história tem que ser boa para poder agradar a
nós leitores. E eis o problema de Everneath, o romance de estreia da escritora
americana Brodi Ashton e que foi lançado em Fevereiro de 2012...
Para quem já ouviu falar e/ou leu a sinopse do
livro, sinto muito desapontá-lo com minha sincera opinião, mas realmente não
fui muito feliz nessa leitura, (apesar de acabar gostando um pouco no
finalzinho) e vou dissertar por aqui a história e minhas impressões. Sinta-se a
vontade para debater comigo... E caso ainda não conheça Everneath, leia a
resenha e saiba do que estou falando.
O livro é narrado por Nikki uma jovem de 17 anos,
assim que ela retorna do “Everneath” após ter passado 100 anos alimentando com
sua força vital e emoções o imortal Cole. (calma, respira...) Quando ela
retorna para a realidade (Surface) ela percebe que apenas se passaram seis
meses de sua ausência, mas ela logo descobre que ao sair do mundo inferior
(Everneath) ela infringiu uma regra muito importante, e portanto ela terá que
retornar o quanto antes junto com Cole.
Tempo se move diferente no Everneath. Cem anos para mim foram apenas meses na Superfície. Tudo era o mesmo. E tudo estava diferente.
*pausa*
Sério, você já começa o livro perdido, sem nenhuma ideia do que seja o
Everneath e de o porquê de ela ter passado 100 anos por lá!! O começo foi muito
complicado com a autora já jogando metade da historia na nossa cara e sem dar
explicação alguma. *retornando*
Agora ela tenta resgatar sua vida antiga, a escola,
sua família, apenas para dizer um adeus merecido no fim, pois as sombras
(Shades) estão vindo buscá-la por ter quebrado a tal regrinha do Everneath.
Além de ter uma história aparentemente confusa, Nikki não ajuda muito sendo tão
Bella em quase toda sua narrativa, principalmente quando volta a conviver com Jack,
seu ex-namorado de escola super carinhoso (gatinho *-*).
Conforme os seis meses vão se passando, a história
do presente de Nikki se intercala com o que se passou nos meses antes de ela ir
para o Everneath com o Cole, que é um dos mais fofos bad Guys!! Cole (abana,
porque ele é demais da conta) é um imortal inferior e a cada 100 anos ele tem
que passar por um período se alimentando de mortais (Feed), para manter sua
imortalidade. Ele almeja se tornar um Deus no mundo inferior, mas só conseguirá
se convencer Nikki a retornar com ele, para ser sua rainha.
Havia uma pessoa que conhecia que me faria sentir melhor. Tudo que precisava fazer era encontrá-lo e pedir. Cole poderia tirar minha dor.
Nikki tem duas opções :: retornar ao Everneath com
Cole, ou ser levada pelas Sombras para uma inexistência por toda a eternidade.
Dividida ela tentará o apoio de Jack, que com seu jeitinho deu um ar mais adorável a
obra, que nada mais é que uma releitura do conto mítico de Hades e Persephone
adicionando ainda Orfeu e sua amada!!
Eu sorri, de algum jeito mais calma agora que encarava algo inevitável. Eu estava tendo o adeus que sempre quis. O rosto de Jack entre minhas mãos. Por fim, ele era meu de novo, e isso era mais do que jamais esperei.
Está complicada a minha resenha?? Imagina o livro...
Com certeza foi o estilo que mais se encaixou na obra, mas sinceramente, foi
confuso e parado, pelo menos até a metade do livro quando se encerra boa parte
da lenga lenga mental da Nikki, querendo se despedir de todos e sem fazer nada
para mudar a situação. Após a metade, começa a ação... Jack é parte importante,
pois se não fosse ele, o livro estaria parado e eu teria desistido de continuar
a leitura.
Ele se inclinou para frente e disse, “Diga-me, amiga. Há algo mais para nós?” Eu olhei dentro de seus olhos. “Há tudo para nós.”
Everneath
só me ganhou no final, apesar de ter sido MUITO previsível, o final deixa o
leitor instigado e ainda provoca uma mudança na atitude de Nikki, pois AGORA
(no próximo livro) ela tem de agir de alguma forma e deixar de ser coadjuvante
em sua própria narrativa. Sem contar que nos deixa com mais gostinho de Cole,
he he he
Realmente não teria muito o que falar da escrita da
Brodi Ashton, mas acho que seu livro de estreia estava com muitas expectativas
que não foram atendidas. A escrita mostrou-se vagarosa e chatinha, mas me
envolveu, impedindo que largasse o livro um minuto sequer nas páginas finais!!
“Algumas vezes...” Ele pausou e esfregou seus olhos fechados. “Algumas vezes nossos corações...racham um pouco.”
Não é por isso que vou largar a série. Continuarei
lendo na esperança que a história cresça e Nikki deixe de ser a personagem
chata que é...
Então caro leitor, se você procura um livro PERFEITO, fuja de
Everneath, mas se busca algo legalzinho para passar o tempo na sala de espera
do consultório do dentista, eu recomendo Everneath, que se mostrará até bem
interessante quando finalmente você entender a mitologia usada pela autora.
Então leitores queridos, o que acharam da resenha da Sexta Internacional de hoje?? Já conhecia Everneath?? Irá dar uma chance ao livro, ou detrui totalmente suas esperanças?? Não deixe de comentar...
P.S. Os trechos foram todos traduzidos por mim. (Juliana M. - Jujuba)
Comentando na #Resenha de hoje você ganha mais chances na hora
de concorrer ao “Eu Comento, Eu Ganho” do mês de Maio!! =)