[resenha] Os sete

Amoooooo André Vianco, e mesmo ele vindo na minha cidade muitas vezes, não consigo conhecê-lo pessoalmente =/

O primeiro contato que tive com os livros dele foi no colegial, quando ele lançou Sementes no gelo. Fiquei encantada pela escrita dele. No ano seguinte, meu professor de economia me emprestou Os sete, aí eu me apaixonei de vez.

E pense numa coincidência do inferno, justo quando eu estava lendo a parte que os vampiros - Inverno e cia - vem para São Paulo, começou a fazer um frio desgraçado. Pensa num medo. Mas depois, eu reli várias vezes. Inclusive a continuação Sétimo. E ás vezes coincide. Tipo hoje está um vento frio do caramba, sendo q a semana toda fez um calor imenso. #Medo

Enfim, este livro se passa no Brasil, e vai do RS até SP.

Tudo começa quando um grupo de amigos, acha uma caravela portuguesa naufragada em Amarração, em uma praia do RS, em 1999 - muito estranho sem toda esta tecnologia que estamos acostumados agora.

Tiago, César e Olavo, são amigos desde sempre.Nas horas vagas, eles procuram tesouros que se perderam no fundo do mar. Como essa caravela como uma caixa toda de prata. Que data há mais de 500 anos. Para ajudar na pesquisa o pessoal da Universidade de Porto Alegre vem estudar o caso. Assim como a amiga dos meninos, Eliana.

A caixa tem sete nomes gravados : Lobo, Tempestade, Inverno, gentil, Espelho, Acordador e Sétimo. E junto com eles uma figura e um texto escrito em três idiomas.

Nobres homens de bem, jamais ouseis profanar este túmulo maldito. Aqui estão sepultados demônios viciados no mal e aqui devem permanecer eternamente. Que o Santo Deus e o Santo Papa vos protejam

E dentro dessa caixa há sete corpos. E é quando começa a acontecer as coisas mais bizarras. Como explicar que depois de Eliana se cortar na sala em que estão as temperaturas chegam a cair bruscamente em pleno litoral, em uma estação que deveria estar quente?

E como explicar que os corpos de seis deles voltam a vida?

André Vianco nos leva através de uma narrativa super ágil, seja através de trens, aviões ou carros, em uma viagem de Amarração até Osasco. E ainda tem o exército, planos, uma sequência de ação, digna de triller de ação.

E através dessa narrativa conhecemos os seis vampiros do Rio D'Ouro.

Havíamos, sim, cada um recebido um dom. Aquela fera era Afonso, transformado em lobo. A tempestade fora desencadeada por Baptista, que conseguira repetir o feito no dia seguinte.Guilherme descobrira que era capaz de fazer tudo congelar: o ar, a água, tudo. Manuel, assustado, podia acordar os mortos e transformá-los, quando conveniente, em fiéis auxiliares. Fernando tinha o dom de ser outras pessoas. Bastava ele olhar para alguém para assumir-lhe as feições. Era espantoso. E eu recebi o maior dom comparado aos deles.

Pense em alguns vampiros totalmente egocêntricos. Inverno é um deles. Ele pensa que humanos e ainda mais colonizados, deviam ser mais gratos a ele. Manuel é o acordador, mas ele é uma sombra de Guilherme. Afonso, Baptista, Fernando não são muito descritos e são um dos últimos a acordar.

Agora o que dizer de Miguel, o gentil, que nem conhecço e considero pacas. Fiquei triste por ele. Ok, sei que ele era vampiro mas , ai que dozinho.

Agora vamos conversar sobre Tiago, Eliana, Cesar e Olavo. Olha, se eles tivessem deixado tudo quieto, eles não teriam aberto a câmara dos demônios, e poderiam ter poupado muitas vidas. Mas a vontade de ganhar dinheiro foi maior.

Tiago foi um protagonista maravilhoso, mesmo tendo visto a cagada que fez, ele foi um dos que via primeiro o que ia acontecer. Eliana , eu fiquei com pena da garota, sofreu na mão dos vampiros. Já Olavo e César, também correram muito atrás para conseguir ajudar.

A cidade de Amarração foi prejudicadissima, o que morreu de gente na cidade não tá na história.Mas é muito empolgante ver coisas e cidades conhecidas em um livro desses. Mesmo que esteja fazendo frio. E o sotaque dos portugas então, você até lê com sotaque, ora pois.

O final é o mais incrível possível. Afinal sobrou um vampiro sem ter sido acordado. Sétimo.