Quando a Editora Rocco anunciou o lançamento deste livro, em Agosto, eu confesso que fiquei curiosa. A sinopse mostrava alguns pontos interessantes e me chamou a atenção, mas estava ainda com um pé atrás, pois não conhecia ninguém que o tinha lido. Então com a maior coragem pedi o livro a Editora e dediquei-me a leitura...

.... e me surpreendi MUITO!!!

Todas as Coisas que eu Já Fiz é considerado mais um “distópico” para se ter na estante. Não só devíamos ter na estante, mas como todo fã de romances futurísticos deviam ler =)


Anya Balanchine cresceu e amadureceu muito cedo. Sua vida é complicada, principalmente por ser a herdeira do império contrabandista de Nova York. Num futuro próximo (2083), a escassez de alimentos e água deixará a população em polvorosa, e várias medidas são tomadas pelos governos, nesse caso ocorrem as grandes proibições (como aquelas da Lei Seca na década de 20).

Algumas das substancias proibidas de serem consumidas e comercializadas são o café e o chocolate (dá para imaginar viver num mundo assim?? Eu enlouqueceria). Como a família Balanchine (originalmente russa) é dona de uma famosa fábrica de chocolates, eles por anos tentaram burlar a lei e viraram reis do contrabando e da máfia...

Papai sempre me dizia que não existia nada de mal no chocolate, mas que o alimento tinha sido envolvido num imenso esquema maluco que englobava comida, saúde, drogas e dinheiro. Nosso pai só tinha escolhido o chocolate porque as pessoas do poder precisavam de algum motivo, e o chocolate era uma coisa sem a qual podiam viver. Meu pai me falou uma vez :
Toda geração gira a roda, Anya, e o lugar onde ela para define “o bem”. O engraçado é que as pessoas nunca sabem que estão girando a roda e ela para num lugar diferente a cada vez.


Anya sente um desprezo por sua família e as operações ilegais, pois isso levou seus pais a morte, quando ela era apenas uma criança. Após o assassinato de seus pais, ela teve que encarar a vida, cuidar de seus irmãos e de sua avó doente e muito idosa (nasceu em 1995 – me senti uma múmia). Devido ao peso das responsabilidades, Anya procurou um suporte, e foi parar na religião. Tornou-se uma católica fervorosa, que acredita na salvação da alma, casar virgem e tudo o mais. Digamos que ela tenta ser bem extremista na sua relação com religião.

– Vó, chocolate não resolve tudo.
– Mas resolve muita coisa.


*voltando ao principal* Anya tem um namorado de escola, daqueles super babacas, e quando ele fica doente, possivelmente envenenado por causa de uma barra de chocolate Balanchine que ela deu, a nossa protagonista é julgada e enviada a um reformatório juvenil digno de pesadelos!! Graças a sua passagem pelo ‘inferno”, Anya passa a ver mais claramente a tênue linha que separa o certo do errado, os motivos que levam ao crime, e desde o inicio com a ajuda dos ensinamentos de seu pai, ela tenta sobreviver nesse mundo.

Apesar de duvidar que era essa a intenção da sra. Cobrawick, aprendi algumas coisas sobre insanidade enquanto estava lá. As pessoas enlouquecem não porque são loucas, mas porque é a melhor opção que tem. De certa forma, teria sido mais fácil perder a cabeça, porque não precisaria estar presente.


Sua vida seria ainda mais difícil se não possuísse a ajuda de queridos e leais amigos como a doce e engraçada Scarlet, sua BFF desde a tenra idade, e o novato da escola Goodwin, lindo, fofo, romântico e super cute <3 <3 (suspira)

Anya e Win se envolvem romanticamente, mas o romance deles é bem digno de Romeu e Julieta, pois o pai dele é o novo e autoritário promotor da cidade, e na mira dele está o combate ao crime, corrupção e ilegalidade, ou seja a família de Anya...

Win me parecia o maior golpe de sorte na minha vida havia muito tempo. (Pode enfiar o dedo na garganta, se quiser...) Mas é verdade, fui feliz por algum tempo. Virei o tipo de garota que normalmente detesto e me dei conta de que a única razão pela qual sempre detestei essas garotas era inveja. Clichê? Com certeza, mas isso também era verdade.


Em meio ao romance e a própria trama, Anya que é nossa narradora, inicia uma conversa com o próprio leitor. Ela discute suas ações, lista suas aventuras e tenta debater conosco a situação da criminalidade, e o que leva as pessoas a proibição, ao contrabando e consequentemente a corrupção.

– (...) Não me diga que você jamais se perguntou por que a situação está do jeito que está. Por que devotamos todas as nossas forças na tentativa de compensar nossa falta de recursos? Você se lembra, honestamente, quando foi a ultima vez que alguém surgiu com algo de novo na nossa sociedade? Que não fosse lei, é claro. E você sabe o que acontece com uma sociedade velha? Ela se desgasta e morre.


Como disse antes, Anya, odeia a máfia e sente repulsa pelas atividades de sua família. Mas a máfia está em seus sangue. A praticidade, as ideias estão intrinsecamente pregadas em sua personalidade forte. Afinal ela nasceu no meio e é seu Direito de Nascença (Birthright – nome da série) pertencer e ajudar sua família quando eles mais precisam!! Será ela capaz de abrir mão dos seus ideiais morais e juntar-se a família??

Permiti me sentir feliz e com pena de mim mesma, mas só por um segundo. Meu pai sempre dizia que a emoção humana mais inútil é a autopiedade.


Gabrielle Zevin escreveu uma obra maravilhosa e impossível de descrever. Sua escrita é leve, engraçada (principalmente quando Anya pausa a narrativa para comentar, como eu faço com vocês) e em alguns momentos poética e sábia. Os conselhos que nos dá, a visão de futuro que prevê, a profunda questão entre o Certo X Errado só ajudam a nos impressionar.

A vida é uma bagunça – dra Lau gostava de dizer – Lidem com isso. Se julgarem as coisas, não estarão vendo de verdade.


A leitura é super fluida e quando percebemos devoramos mais de 150 páginas e ficamos com aquela vontade de ler cada vez mais... Impossivel largar e não se identificar com algum elemento apresentado pela narrativa.


Uma história imperdível com Máfia, contrabando, crimes, mistérios, romance fofinho e MUITO CHOCOLATE <3 <3 Leia e devore as páginas e apaixone-se também pela escrita, a trama e os personagens tão bem elaborados pela Zevin *--* 


– Eu não devia ter feito isso – falei.
Foi quando dei outro beijo nele.
Que Deus me perdoe por isso e por todas as coisas que eu já fiz. 

Eu já estou louca pelo segundo volume (Because It Is My Blood) , lançado esse mês no exterior. Trilogia viciante demais *--*

Não deixe de dizer o que achou da Resenha, dos quotes, e do livro... Gostaria de ler?? Então comenta...




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Em parceria com a Editora Rocco, que me cedeu o exemplar para resenha, estamos sorteando 1 exemplar de Todas as Coisas que Eu Já Fiz para vocês *--* =>> Surtem MUITO



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O sorteio será pelo Rafflecopter =)




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Prêmio = Exemplar do livro "Todas as Coisas que Eu Já Fiz", escrito por Gabrielle Zevin, publicado pela Editora Rocco + 15 marcadores sortidos ^_^



Participem seus lindos... <3 <3 Boa Sorte

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