Olá Olá Olá o/ *aceno
saudoso*
Como tem sido a vida de leitor de vocês? A minha
está um tanto quanto estagnada, só que posso até ter que diminuir, mas parar
jamais. Por isso estou aqui hoje pra comentar com vocês minha última leitura:
um título da Novo Conceito Jovem.
Vamos lá?
Título: A Filha da minha mãe e eu - Mesmo quem nos
ama às vezes não consegue ver quem realmente somos
Autora: Maria Fernanda Guerreiro
Editora: Novo Conceito
Selo: Novo Conceito Jovem
Páginas: 272
Não é novidade nenhuma que os livros da Novo Conceito são uma delícia de se
ter, preço super-hiper-mega acessível, folhas amarelas e com diagramação
simples mas funcional fazem com que a editora seja um sucesso – além das suas
jogadas de marketing que fazem todos delirar. Só que (dois pontos) os livros
que li do selo Jovem da editora me fizeram ficar com uma relação de amor e ódio
eterno, e com o livro da Maria Fernanda
não foi diferente.
O livro é bem curtinho e tem uma temática bem
condizente com o público alvo – já ganhou muitos pontos com isso, mas não tive
aquele feeling esperado com o livro, vamos ver se consigo me fazer entender:
É contada a história de Mariana e seu relacionamento familiar – sobretudo com sua
complicada mãe, Helena. Quando
Mariana se vê feliz, casada e grávida, percebe que antes de poder ser feliz com
sua nova família precisa aprender a ser filha e fazer as pazes com o seu passado
familiar conturbado. Aí se iniciam lembranças de sua infância, adolescência e
vida adulta que irão ser contados ao longo do livro. Achei interessante o
título por contar a história de duas Marianas, a que a mãe dela pensava ser sua
filha e a própria Mariana – que tentava de tudo pra agradar e fazer o melhor
sempre, falhando e sendo mal interpretada.
Mariana teve uma vida de amor e proteção, mas sempre
buscou em seu pai o carinho esperado, já que com sua mãe teve uma vida de
disputa e palavras não ditas que ocupavam espaço maior do que as ditas...
O livro se tornou interessante porque não tem como
não se identificar com algum dos muitos pontos explorados pela autora, nos
clássicos conflitos entre pais e filhos, na relação com o irmão mais velho e,
aparentemente, mais amado, nas descobertas e burradas de adolescência e nas
doces lembranças de infância. Tudo isso faz com que valha a pena conhecer a
história de Mariana e desejar que tudo termine bem e que ela entenda sua mãe
após ter seus próprios filhos (Oi? Quem nunca ouviu isso da mãe, por favor, se
manifeste nos comentários, preciso saber).
Só que (dois pontos novamente), o livro em muitos
momentos se torna cansativo, enfadonho até. A autora escreve muito bem, mas não
conseguiu me prender como eu gostaria, relembrando minhas histórias como se
fossem as dela. Os capítulos são curtos e contem considerável dose de ‘só mais
esse capítulo e já vou dormir’, mas chegou um momento em que cansei de desejar
o melhor pra Mariana e só queria que ela entendesse que a mãe dela a amava e
queria o melhor pra ela, de uma vez por todas...
Aí sabe o que me surpreendeu? O que mais amo na
persistência em um livro que está caminhando a passos de jabuti? Quando o final
me emociona e faz querer saber mais. E foi isso o que aconteceu comigo e com a
história de Mariana.
Fiquei muito feliz com o fim do livro e com a lição
que ele passou, feliz por saber que o selo Jovem vai levar essa mensagem a
alguns adolescentes e que isso pode fazer a diferença em algum relacionamento
mãe e filha que não esteja muito bom das pernas – eu mesma dei um beijo de
boa noite a mais na minha mãe depois do fim do livro.
Enfim, recomendo muitíssimo o livro pra que já foi
um filho rebelde e deseja se divertir com essas lembranças, lendo sobre a vida
de Mariana. Não esperem que o livro mude suas vidas, mas com certeza vai fazer
muita diferença pra quem ousar perseverar na leitura dele.
Um
beijinho de feliz ano novo em cada um de vocês, e até a próxima leitura :*